Quando pensamos em fazer algum tipo de investimento a primeira pergunta é quase sempre a mesma: Qual o melhor investimento para se fazer?
Infelizmente, ou melhor, felizmente, não existe uma resposta única e simples para essa questão. E digo que isso é bom porque assim temos várias opções, afinal, usamos nosso dinheiro para tanta coisa que não caberia uma resposta única.
Para aqueles que estão começando nesse mundo de investimentos, basta uma rápida pesquisa para saber a diversidade de modalidades que existem: ações, renda fixa, câmbio, fundos imobiliários, etc. E consequentemente uma lista de variáveis, números e indicadores a analisar em cada uma delas para buscar a melhor opção.
Mas antes disso, precisamos fazer uma análise muito mais simples e que é comum para todo e qualquer tipo de investimento. Podemos dizer que esse é o tripé fundamental.
Vamos entender esses três pilares?
A Rentabilidade é a capacidade que o investimento tem de gerar retorno, ou seja, é quanto você vai ganhar por fazer ou possuir aquele investimento.
Esse, possivelmente, é o pilar mais cobiçado, afinal, o que a maioria das pessoas procura é o investimento que traga o maior retorno. Por isso, não podemos analisá-lo individualmente.
O Risco é a parcela de incerteza que contém o investimento, ou seja, representa a chance de perder parte ou todo o capital investido. Podemos pensar que pode ser baixo, médio ou elevado.
E a Liquidez é a facilidade de converter o investimento (imóvel, automóvel, dinheiro em papel, carta de crédito, ações, etc.) em dinheiro, para que esteja disponível para o uso.
A escolha parece ser óbvia, não?
Basta encontrar a rentabilidade mais alta, com menor risco e alta liquidez. Simples assim! Só que não!
Temos diferentes formas de equilibrar esses pilares, com tantas opções de investimento. Uma vez que estabelecemos um deles como objetivo, os outros passam a ser consequentes.
Por exemplo, se estou disposto a correr mais riscos, vou encontrar investimentos que me permitirão maiores rentabilidades, ou se estou disposto a manter o investimento por um prazo maior (menor liquidez), posso reduzir meu risco, ou até aumentar minha rentabilidade.
Por isso, quando for analisar investimentos eles precisam ser em condições similares, por exemplo, avaliar diferentes rentabilidades de investimentos com liquidez semelhante, ou qual os diferentes riscos de investimentos com rentabilidade similar e por aí vai.
E qual o melhor equilíbrio desses pilares para meus investimentos?
Isso você é a melhor pessoa para definir! Você sabe quando vai precisar desse dinheiro e como é sua aceitação ao risco.
Mas lembre-se, e ainda, atente-se: Você não precisa e não deve olhar para seu dinheiro como uma coisa só. Você pode dividir em várias porções, cada uma com seu objetivo. Aquela para as próximas férias, a da aposentadoria, da independência financeira, etc. E consequentemente, para cada uma delas você vai buscar o melhor equilíbrio do tripé.
Esse é o primeiro passo da diversificação!!!! Esse é outro assunto fundamental, e por isso vamos abordá-lo num próximo artigo.